sábado, 13 de março de 2010

Padre Pelágio Redentorista de Goiás

QUEM FOI O PE. PELÁGIO
Pe. Pelágio Sauter nasceu dia 9 de setembro de 1878 na aldeia de Hausen am Thann (Alemanha) e foi batizado três dias depois. Seus pais, Matias Sauter e Maria Neher, tiveram 15 filhos. Dois deles (Pelágio e Gaspar) tornaram-se padres redentoristas.
O pai, dedicado mestre-escola do lugarejo, trabalhava também na agricultura para garantir o sustento da família. Além disso ocupava os cargos de organista, sacristão e escriturário na comunidade. A mãe entregava-se aos múltiplos afazeres domésticos e ajudava também na paróquia.
Em 1892 Pelágio recebeu os sacramentos da Primeira Eucaristia e Crisma. Trabalhou dois anos como aprendiz de serralheiro numa cidade vizinha.
Em 1894 ingressou no Seminário Redentorista em Bachham. Estudou ainda em Dürrnberg (onde foi aluno do Bem-aventurado Pe. Gaspar Stangassinger) e terminou seus estudos ginasiais em Gars am Inn. A 8 de setembro de 1902 consagrou-se a Deus pelos votos religiosos de Pobreza, Castidade e Obediência. Dia 16 de junho de 1907 foi ordenado presbítero por Dom Antônio Henle em Deggendorf.
No Brasil
Quando convidado para vir ao Brasil, aceitou logo, pois sempre quis trabalhar nas missões estrangeiras. Dia 6 de agosto de 1909 desembarcou no Rio de Janeiro, com mais quatro confrades. Nunca mais voltaria para rever a pátria. Faleceu dia 23 de novembro de 1961 na Santa Casa de Goiânia, após 53 anos de fecundo apostolado no Brasil.
Estes 52 anos foram assim distribuídos: Cerca de 5 anos em algumas paróquias de São Paulo, e os outros 47 em Goiás. Durante esses longos anos desenvolveu múltiplas atividades pastorais. Nunca foi Superior canônico. Seu apostolado predileto foram as "desobrigas" no sertão goiano. Percorreu centenas de comunidades, quase sempre a cavalo, tornando-se conhecido e estimado pelo povo.
Onde mais trabalhou, foi em Trindade, famoso Santuário de Goiás, dedicado à Santíssima Trindade. Os romeiros vinham visitar o Divino Pai Eterno na festa, mas não voltavam sem pedir também a bênção do Pe. Pelágio.
Amor aos pobres e enfermos
Sua paixão eram os pobres e enfermos. A quantos abençoou e curou das doenças do corpo e da alma! A quantos visitou nas próprias casas. Não tinha hora marcada para os que o procuravam em suas aflições e necessidades. Dizem as crônicas que somente num ano visitou cerca de trezentos enfermos.
Seus últimos cinco anos foram dedicados unicamente à pastoral dos enfermos. Ficaram famosas as bênçãos que dava na igreja matriz de Campinas/Goiânia, todos os dias de manhã e à tarde. Contam-se muitas curas extraordinárias, atribuídas ao seu carisma curativo. Algumas não tiveram explicação médica.
Também sua morte está ligada a um ato de caridade. Ao visitar uma pessoa enferma, apanhou chuva na volta, ocasionando-lhe forte pneumonia. Foi internado na Santa Casa de Misericórdia, e assistido carinhosamente pelo corpo médico, confrades e amigos. Mas sobreveio um enfisema pulmonar, com outras complicações, tudo agravado pelos achaques da idade. Após uma semana de sofrimentos, morreu santamente às 13 horas do dia 23 de novembro de 1961. Tinha 83 anos.
Goiânia inteira sentiu a morte do humilde taumaturgo. O governo do Estado decretou luto oficial por três dias e ponto facultativo no dia do enterro.
O enterro ocorreu dia 24 à tarde, após uma vigília ininterrupta de visitas e orações na igreja matriz de Campinas. Ao velório e ao enterro, o mais concorrido até hoje na capital goiana (que naquele tempo devia ter pouco mais de cem mil habitantes), compareceram cerca de quarenta mil pessoas.
Por que o povo venera o Pe. Pelágio?
- Consumiu os 52 anos de vida missionária no meio de nossa gente. Gostou tanto do povo e o povo gostou tanto dele, que não voltou mais para sua pátria, a Alemanha.
- Foi missionário do povo e para o povo. Percorreu todo o Estado de Goiás em longas e cansativas "desobrigas".
- Dedicou-se de modo especial aos pobres e enfermos. Não tinha hora marcada para os que o procuravam em suas aflições e necessidades.
- Foi simples, humilde, sem luxo. Sua batina surrada abria todas as portas.
- Amou o Divino Pai Eterno e o fez amado pelos romeiros de Trindade.
- Foi ardoroso devoto de Nossa Senhora.
- Morreu vítima da caridade. Tendo ido atender a uma pessoa enferma, apanhou chuva na volta. Sobreveio-lhe forte resfriado que acarretou conseqüências fatais.
- Seu enterro foi o mais concorrido na História de Goiás. Só este fato inédito comprova o quanto era estimado.
Por tudo o que foi e fez, é chamado o "Apóstolo de Goiás".
Padre Pelágio Sauter (1878-1961) mereceu os títulos de “Apóstolo de Goiás”,“pai dos pobres”, “conforto dos doentes”, “grande evangelizador”, “sorriso de Deus” na terra, pelo muito que realizou em favor do povo, quer no campo espiritual, quer no campo social. Dos 52 anos de Brasil, 47 foram vividos em Goiás.
A popularidade e estima que gozava perante o povo era tão grande, que o seu sepultamento em 1961 foi acompanhado por mais de 40 mil pessoas. São inúmeros os testemunhos de graças e curas alcançadas por seu intermédio. Do seu túmulo minava uma água, até hoje inexplicada, à qual foram atribuídas muitas curas.
Diante de tão grande fama de santidade e popularidade, em 1997 foi pedido à Sagrada Congregação das Causas dos Santos que se instalasse o processo de sua beatificação e canonização, o que foi concedido. O processo já venceu várias etapas e continua tramitando em Roma.
Monumentos
Estabelecimentos de ensino, ruas, hospitais e monumentos estão por aí, testemunhando a estima do povo por ele. Um dos monumentos erigidos em sua honra é o busto em bronze, inaugurado em 1964, junto à Estação de ônibus de Goiânia que também tem o seu nome: Estação Padre Pelágio.
É um busto ou herma esculpido pelo famoso artista Luís Morrone, com as seguintes características:
- Busto modelado em bronze com a efígie do Pe. Pelágio medindo 90 x 55 cms.
- Pedestal de granito rosa de Itu, medindo 1,60 x 0,60 de largura, com base de 80 x 30 cms.
- Uma placa de bronze de 40 x 30 cms., com a inscrição “Apóstolo de Goiás”
O Santuário do Divino Pai Eterno em Trindade abrigou por algum tempo o “Museu Padre Pelágio”. Logo mais será montado em sala especial, na igreja do Santíssimo Redentor, onde estão seus restos mortais.
ORAÇÃO PARA ALCANÇAR UMA GRAÇA
Divino Pai Eterno, vós concedestes ao Pe. Pelágio o sentido das coisas divinas e humanas. Por isso ele viveu para Vós e para o vosso povo. Por isso ele acertou o caminho que vai até os necessitados e sofredores.
Pela intercessão do Pe. Pelágio, atendei nosso pedido. Concedei-nos a graça que vos pedimos com fé e confiança. Amém! (Mencione aqui a graça desejada).
Pedimos igualmente sua beatificação na terra para que sejais glorificado na terra e no céu, entre vossos anjos e santos. Assim seja.
Pai nosso... Ave Maria... Gloria ao Pai...
(Com aprovação do Arcebispo de Goiânia)

Comunidade Nossa Senhora do Carmo

Sábado 13 de Março de 2010 III Semana da Quaresma
Formação
LITURGIA DAS HORAS

É uma das maneiras de cantar os louvores do Senhor;
A oração pública do povo de Deus é considerada, com razão, as principais funções da Igreja;
Várias vezes os Atos dos Apóstolos atestam que a comunidade cristã orava em comum (At 1,14; 2,42; 4,24; 12,5.12);
Documentos da Igreja primitiva testemunhava que os fiéis, em particular, se entregavam à oração, em determinadas horas;
Estas orações foram sendo, gradativamente, organizadas e aperfeiçoadas com o ciclo completo das Horas;
Liturgia das Horas → Oração de louvor e petição. É a oração da Igreja com Cristo e a Cristo.


1. ORAÇÃO DE CRISTO

· Jesus veio a Terra para glorificar o Pai, por toda sua vida, pela sua oração incessante;
· A atividade cotidiana de Jesus está muito ligada à oração: quando o Pai revela sua missão, antes de chamar os apóstolos, o bendizer o Pai na multiplicação dos pães, ao se transfigurar no monte, quando ressuscita Lázaro, antes de ensinar aos discípulos como devem orar, quando os discípulos voltavam das missões, ao abençoar as crianças, quando roga ao Pai por Pedro, no momento de Sua Agonia e na Cruz;
· O Evangelho mostra Jesus rezando a noite; bem cedo, pela manhã, na montanha; na solidão do deserto;
· Jesus participa da liturgia do seu povo, quando ia à Sinagoga, em dia de Sábado; na celebração da Páscoa;
· Como Redentor e Sacerdote, Rei do Universo e dos homens, Jesus louva, adora, agradece, suplica, em nome e em prol da humanidade pecadora e, vivo para sempre, intercede ao Pai, em favor de todos os homens.


2. ORAÇÃO DA IGREJA

· O próprio Mestre deu a Igreja o mandamento da oração incessante (Lc 18,1); e da Oração comunitária: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei com eles” (Mt 18,19);
· Orar ao Pai, em nome de Jesus (Jo 16,23);
· Jesus nos comunica Seu Espírito, que nos ensina a rezar e a viver como Cristo orante viveu. Assim, a oração da Igreja perpetua a de Jesus, inspirada pelo Espírito Santo, prosseguindo a obra redentora;
· Através dos Evangelhos e das Cartas de São Paulo, a Igreja entende a necessidade da oração incessante;


3. O VATICANO II E A LITURGIA DAS HORAS

· O Concílio Vaticano II enunciou os fundamentos de reforma da Liturgia das Horas, por Paulo VI, que aponta 3 princípios:

a) A Liturgia das Horas não pertence unicamente aos monges e padres, mas a todos os fiéis, que são convidados a participar, seja em particular, seja em comum, na grande Oração da Igreja;

“A Liturgia das Horas, como as demais ações Litúrgicas, não é ação particular, mas algo que pertence a todo o corpo da Igreja, e a manifesta e atinge” (IG, 20)
· O Concílio deseja que as Horas da manhã e da tarde sejam celebradas nas Igrejas paroquiais, sobretudo nos Domingos e festas;
· É um empobrecimento reduzir a liturgia somente a Liturgia Eucarística;
· Promoção, nas comunidades cristãs, a celebração das Laudes e das Vésperas, para levar os fiéis a descobrirem o sentido da Igreja e da Liturgia;
· Recomendações aos religiosos e leigos.

b) A Liturgia das Horas visa santificar o tempo, por isso, ela acompanha o curso do dia e do ano cristão.
· No mundo inteiro e em qualquer momento, a Igreja está diante do seu Senhor, e assim cumpre o mandamento de rezar sem cessar;
· A reforma conciliar introduz mais flexibilidade, pelas exigências do homem moderno e sua vida bastante ocupada;
· Oração da Manhã e da Tarde → Horas básicas;
· É uma Oração inserida no tempo litúrgico da Igreja.

c) A Liturgia das Horas deve ser “uma verdadeira fonte de piedade” e oferecer “um alimento para a oração pessoal”
· Apresentação de Salmos com títulos e novas antífonas, a variedade e a riqueza dos hinos e leituras bíblicas, etc.




4. HINOS E SALMOS

· Cada Hora contem 3 partes essenciais: o louvor (hinos e salmos); a escuta da Palavra; preces e súplicas;
· O Hino tem origem na Igreja Apostólica: São Paulo, em suas cartas, refere parte desses Hinos que os cristãos cantavam na Liturgia;
· O Hino deve apresentar conteúdo teológico, pois proclama o mistério da fé;
· Função do Hino: tornar mais fácil e mais alegre a oração. Através dos hinos, a voz da Igreja e dos escritores se une à voz do Espírito, que fala pelos autores da Bíblia;
· O Hino nos introduz na celebração da Hora, do Tempo e da Festa;

· Salmodia: o coração da Liturgia das Horas. São esplêndidos poemas, com imagem e ritmo próprio. Tem a virtude de elevar até Deus a mente, e despertar afetos piedosos e santos. Não são leituras nem orações compostas em prosa; são poemas de louvor;
· Do grego psalmói: “cânticos para entoar ao som do saltério” → caráter musical dos Salmos;
· Salmos: “o espelho da alma” (Santo Atanásio), por traduzir nossos sentimentos: medos, tristeza, louvação, admiração, humildade, alegria, contrição, confiança em Deus;
· Concílio Vaticano II: Salmos são distribuídos num espaço de 4 semanas (Saltérios);
· Cada Salmo é acompanhado de:
- Título: sentido geral;
- Breve frase tirada, quase sempre, do Novo Testamento: destacar o valor cristológico;
- Antífona: a chave do Salmo, pensamento central ou sua relação com o Novo Testamento.

v Modos de rezar ou cantar Salmos e Cânticos: a) em seguida, lendo ou cantando do início ao fim; b) alternando versos ou estrofes em 2 coros; c) modo responsorial, repetindo a antífona ou versículo de cada estrofe.

5. ESCUTEMOS A PALAVRA DE DEUS

· Escutar a Palavra é um modo de orar, adorar e contemplar o mistério de Deus;
· Salmodia precede e dispõe os corações a acolherem a proclamação dos textos sagrados;
· Na celebração comunitária, possivelmente acrescenta-se uma “breve homilia” ou leitura de um trecho de um autor espiritual;
· Responsório Breve ou Canto Responsorial → Resposta a Deus pela palavra proclamada.

6. PEÇAMOS AO SENHOR

· A petição é, também, um modo autêntico de louvor, pois proclama o poder e o amor de Deus, nos quais acreditamos;
· Insistência de Jesus nos Evangelhos;
· Laudes e Vésperas → última parte da Liturgia das Horas;
· Preces ou intercessões, Pai Nosso;
· Intenções gerais e particulares;
· Oração da Coleta, Bênção e despedida.

7. OS LOUVORES MATUTINOS (LAUDES) E O CÂNTICO DE ZACARIAS

· Esta Hora consagra os primeiros momentos do novo dia; anunciar, pela manhã, a bondade de Deus (Sl 90);
· Evoca, igualmente, a ressurreição de Jesus, Luz do mundo, que venceu as trevas da morte;
· “Deve-se orar de manhã, para que, pela oração, se celebre a Ressurreição do Senhor” (São Cipriano, séc. III);
· Por isso, desde a aurora, os textos do Ofício, sobretudo aos domingos, nos apresentam o Cristo Ressuscitado, e o tema da luz permeia toda esta Hora.

a) Salmo Invitatório
· Introduz-nos na Oração da Manhã;
· Salmo 94: convida a Assembléia a “cantar os louvores do Senhor” e a “escutar a sua voz”;
· Outros Salmos podem substituí-lo: 99,66 e 23;

b) Hino: destaca o significado da Hora ou da Festa

c) Salmodia
· Parte central do Ofício;
· 1° Salmo: é uma prece matinal, expressa a nossa sede de Deus, a nossa confiança Nele, os nossos pedidos suplicantes;
· Cântico: do Antigo Testamento. Participamos das orações dos profetas que, perante Deus, manifesta suas angústias, confiança, adoração, esperanças. Com eles, nossos antepassados na fé, aguardamos a salvação que vem de Deus;
· Último Salmo: Salmo de louvor.

v Os Salmos de Domingo salientam o significado pascal do dia;
- 1° Domingo (Rezado nas Festas e Solenidades):
Sl 62. Expressa o desejo de encontrar o Senhor desde a aurora;
Cântico da Criaturas (Daniel): a grandeza do Criador;
Sl 149. Alegria dos santos e o triunfo do Cristo Rei, entrando na sua glória.



- Outros domingos
Sl 117: Vitória pascal de Jesus
Sl 92: Majestade de Deus “vestido de poder e de esplendor”, dominando céus e terra.

v Sextas feiras → Sl 50. Relembrar a nossa condição de pecadores e nos convida a imitar Davi no seu arrependimento.

d) Cântico de Zacarias (Benedictus)
· O centro e o ponto alto da Hora;
· Após bendizerem o Senhor pela grandeza do Universo e pelos seus inumeráveis benefícios, os filhos da Igreja repetem o Hino do ancião e louvam o Pai, que nos deu o seu Unigênito, nosso Salvador, e que O ressuscitou dos mortos, na madrugada da Páscoa;
· Proclama a visita do Rei e Senhor prometido a Davi e aos profetas;
· Zacarias saúda seu filho, João Batista, mensageiro enviado, a fim de preparar uma estrada para a chegada do Rei;

e) Preces → louvores e intercessões, restauradas na celebração eucarística;

f) Pai Nosso → santifica-se o início do dia, rezado solenemente por todos.

g) Oração da Coleta

h) Saudação e Bênção

8. A ORAÇÃO DA TARDE (VÉSPERAS) E O CÂNTICO DE MARIA

· A assembléia se reúne para agradecer ao Senhor, pelos benefícios recebidos;
· Evoca o sumo Sacrifício de Cristo na Cruz → sacrifício da tarde ou “sacrifício de louvor”;
· No templo de Jerusalém oferecia-se, no fim da tarde, um sacrifício ritual,
· Depois da reforma conciliar, a Oração da Tarde comporta somente de 2 Salmos e um Cântico do Novo Testamento, podendo este ser dos escritos de São Paulo e do Apocalipse, dando um cunho mais cristológico.

v Aos domingos, os Salmos põem em destaque o mistério pascal.
· Sl 109 → Messias glorioso, Rei e Sacerdote, que o Pai gera no esplendor da santidade, e ao qual ele entrega o cetro de poder sobre todas as nações. É rezado em todos os domingos;
· Sl 113 A → Exalta os prodígios divinos e os milagres que acompanharam a libertação do povo judeu, ao sair do Egito, e ao atravessar o mar vermelho;
· Sl 113 B → Glorifica o único Deus, bem acima dos ídolos, abençoando seu povo;
· Sl 110 → descreve as obras maravilhosas do Senhor;
· Sl 111 → proclama a felicidade do justo, que brilha como a luz nas trevas.
· Cântico dos Eleitos : as núpcias do Cordeiro imolado e glorificado, junto à Esposa vestida de sua esmada beleza. (Ap 19,1-2. 5-7);
· Quaresma → I Pd 2,21-24. Aclama o Servo de Deus que pelos sofrimentos e, pela Sua Paixão, curou as nossas chagas.

Magnificat → ápice das Vésperas. A Igreja se une a Nossa Senhora para exprimir, com ela, a sua gratidão.
· Costume do povo judeu: a noiva, na ocasião do seu casamento, compunha e cantava um poema de amor, manifestando a sua alegria, a felicidade da família, dos amigos, que respondiam ao poema cantado com um estribilho, batendo palmas e dando risadas;
· O “sim” de Maria na Anunciação, leva a Virgem às pressas ao encontro de Isabel, e entoa o seu poema de amor e agradecimento, o Magnificat;
· Maria exulta em seu Salvador, presente no ventre dela, como Ana, ao conceber Samuel;
· A Igreja, como a Virgem, se regozija, porque crê na Palavra infalível de Deus, na fidelidade divina inabalável como rocha;
· Cântico da vitória do amor divino e a libertação dos pobres;

· Termina-se a Hora como nas Laudes.


9. PARA REZAR ANTES DE DESCANSAR (COMPLETAS)

· Antes do repouso noturno, A Igreja nos convida a elevar, uma vez, o coração a Deus, mesmo passada a meia-noite;
· Homens e coisas entram em repouso e silêncio. A noite apresenta a imagem da morte;
· Noite → hora da tentação e das ciladas. Por isso, o cristão recorre ao Senhor e Nele põe a sua confiança;
· Recordam o repouso do Senhor que, no túmulo, aguarda o momento luminoso da Ressurreição. Os textos, escolhidos com cuidado, desenvolvem estes temas.

· Etapas
a) Pausa para exame de consciência e um ato penitencial;
b) Hino;
c) Salmo
- Sábado: Sl 4 → agradecimento ao Senhor “a segurança do nosso repouso”, e Sl 133, oração noturna rezada no templo de Jerusalém;
- Domingo: Sl 90 → o Senhor é nosso refúgio no dia da tribulação e tentação;
- 2 a, 3 a e 4a → Salmos que expressam nossa confiança absoluta e nossa súplica filial ao Pai celeste. Salmos 85, 142, 30 e 129;
- Quinta-feira: Sl 15. Deus é a nossa herança. Com Jesus, não seremos esquecidos nas trevas da morte e do sepulcro;
- Sexta-feira: Sl 87: abandono de Jesus na Hora da Sua Paixão. Expressa a nossa profunda angústia, diante da nossa última hora;

d) Leitura Breve;
e) Responsório: “Senhor, em vossas mãos eu entrego o meu espírito”;
f) Cântico de Simeão;
g) Oração conclusiva → último desejo. Paz, confiança na Ressurreição, repouso no Senhor;
h) Antífona Mariana


10. LITURGIA DAS HORAS: UMA CELEBRAÇÃO

· Liturgia das Horas: não é uma leitura, nem simples recitação, mas uma celebração alegre e recolhida;
· Exige atitudes, gestos e sinais. Ninguém reza apenas com a mente;
· É realizada em Igreja ou Capela. Em outras hipóteses, um local digno, bem arrumado, que favoreça o recolhimento;

v Sinal da Cruz:
- No início da Hora: “Vinde, ó Deus em meu auxílio....”
- No início dos Cânticos Evangélicos;
- Bênção Conclusiva.

· Rezar de pé: disponibilidade, respeito, vigilância, prontidão;
· Quem escuta e medita a palavra pára e senta;
· Um celebrante orante ajuda a comunidade a rezar.



FONTE
O que é a Liturgia das Horas? Pe. Alberto Boissinot. Coleção: Temas de Espiritualidade n° 11. Edições Loyola.

Instrução Geral sobre Liturgia das Horas.

Constituição Apostólica Laudis Canticum. Pela qual se Promulga o Ofício Divino Renovado por Mandato do Concilio Ecumênico Vaticano II.

Liturgia das Horas. Disponível em: http://www.liturgiadashoras.org/home.html


Mestre de Formação Gardênia
Martins de Sousa
Comunidade Nossa Senhora do Carmo Goiânia-GO